sexta-feira, 11 de março de 2011

San Telmo deveria mudar de nome para San Domingo.



Eu bem que tento inovar mas não consigo. Parece que domingo sem Feira de San Telmo não é domingo em Buenos Aires. Virou um culto e um Cult. Que outro lugar oferece diversão, boa comida, gente alegre e disposta a bater perna em busca de arte seja ela decorativa, musical ou cênica? Depois do café tira-ressaca pego um táxi e vou feliz para a calle Defensa, veia pulsante do bairro nesse dia. O coração é a Plaza Dorrego, onde expositores de antiguidades preenchem cada centímetro recebido com objetos que vão de quinquilharias a preciosidades. 

Os bailarinos de tango, músicos e artistas performáticos completam a festa. Entre uma pechincha e outra, boas opções gastronômicas, afinal de contas ninguém consegue barganhar direito com a barriga vazia. O Bar Café Plaza Dorrego é um deles e já foi comentado aqui num capítulo à parte sobre os mais tradicionais cafés da cidade. Mas há outras pérolas em San Telmo. Uma delas é o El Federal, na esquina da Peru com a Carlos Calvo, um clássico  do bairro com  três salões -um especial para os fumantes- e um balcão muito baixinho de tampo de mármore. O cardápio é imenso, com pratos, petiscos, sanduíches de miga, "medias lunas" e todo tipo de bebida. 

Para quem quer uma boa carne, o La Brigada (Estados Unidos 465 ) tem filas na porta que dispensam boas recomendações. Outro lugar que amo é o divino Café La Poesia, na esquina das ruas Bolívar e Chile, reduto de poetas e escritores que ali vão alimentar suas inspirações com picadas e sandúiches ou regá-las com um bom vinho ou cerveja.
Dica: não deixe de conhecer o Mercado de San Telmo (Defensa entre Estados Unidos e Carlos Calvo) onde as antiguidades dividem espaço com frutas, verduras e carnes, num peculiar e nostálgico mercado público.

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