segunda-feira, 14 de março de 2011

5 motivos para visitar La Boca.

O bairro de La Boca foi originalmente o local do primeiro porto de Buenos Aires. Seu nome se deve à existência do rio Riachuelo, que com uma grande boca "desembocava" no Rio da Prata.
A região ao final do século XIX e início do século XX recebeu um enorme contingente de imigrantes principalmente italianos que ali se instalaram e com poucos recursos financeiros começaram a construir casas com chapas de zinco e madeira acima do solo para evitar as freqüentes inundações, que ocorriam na época, e pintá-las com as sobras de tinta dos barcos que ancoravam no porto.     1- O Museu Casa Taller Celia Chevalier (calle Irala, 1162; tel.: 00/xx/54/11/4302-2337). Misto de galeria e museu, instalado num imóvel da segunda metade do século 19. Entrar ali é mergulhar na história do bairro e de seus imigrantes.
Aventure-se também por um par de ruas próximas com certa atenção (porque se trata de um bairro nos limites da cidade) e descubra pequenas casas e armazéns, moradores preparando na calçada uma parrillada, muros grafitados, cores e cheiros de um bairro que exala orgulho.
     2- Mesmo que você não goste de futebol, inclua uma visita ao estádio do Boca Juniors, o mais mítico do planeta.
Nele, há um interessante museu que conta a história do clube fundado por italianos. Dá ainda para fazer um tour pelo estádio, comprar lembranças na lojinha do time e sentir o gostinho de ter estado em La Bombonera – apelido do estádio por lembrar uma caixa de bombons.
                   3-Numa rua que nem os taxistas bonairenses conhecem -tenha um mapa à mão para mostrar onde ela fica- está o El Obrero, reduto dos xeneizes, como são chamados os torcedores do Boca.
O El Obrero é um restaurante família com um ar desencanado. O chão é meio sujo, com bitucas de cigarro casualmente apagadas por ali. O lado bom é que os garçons são hipersimpáticos, e os preços mais ainda. Um bife de chorizo custa 9 pesos (R$ 6,86). Uma refeição com lingüiça, bife, fritas, meia garrafa de vinho, água e café sai por 25 pesos (R$ 19).
Nesse restaurante entra-se em contato com outra face argentina: a mania de futebol, nesse caso, de Boca Juniors e, por extensão, de Diego Maradona.
Fotos do ídolo local estão penduradas ao longo de uma parede inteira. Do outro lado, flâmulas de times do país juntam poeira. No meio do grupo, uma bandeira limpa chama a atenção por estar ainda muito branca. É a do Corinthians. Ao ir embora, não vá a pé pois a região não é segura. O ideal é pedir ao restaurante que chame um táxi.  Rua Agustín R. Caffarena 64 - Tel: 4362-9912
4- É em La Boca que está uma das melhores cantinas italianas de Buenos Aires, o Il Matterello. Numa ruazinha feia e escura esconde-se este bodegón altamente recomendado.Ao contrário do bairro, o Matterello está bem cuidado, bonito e arrumado. A casa não é propriamente barata (2 pratos com vinho, água e sobremesa): a conta ficou em 234 pesos, mas a experiência foi agradável. 
Il Matterello – calle Martín Rodríguez 517 – La Boca -Tel: 4307-0529
     5- O Caminito,  pequena viela do bairro La Boca, herança dos imigrantes      genoveses que tomaram conta da região. Ficaram na história e no tango.
A viela virou calçadão turístico em 1959. Mas, mesmo antes disso, a estreita faixa diagonal de cem metros que sai num dos braços do rio da Prata já era famosa.
Porém, com o passar do tempo, as boas cantinas foram fechando as portas e a região foi perdendo sua autenticidade.
Isso não quer dizer que você deva riscar o Caminito de seu roteiro. Não mesmo! Afinal, como provar que você foi a Buenos Aires sem as fotos das casas feitas de restos de navio que formam paredes coloridas?

2 comentários:

  1. Mas tu é showwwwww!!!!! Melhor Guia não tem, parabéns amigo!!! Sempre dando a nota certa.
    Abrazos y cualquier cosa te paso algo.

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